domingo, 9 de fevereiro de 2014

Saudade

Dos muitos sentimentos que me acometem com frequência, a saudade é (quase que sem sombra de dúvidas) o mais dolorido e indecifrável deles. Saudade de momentos, lugares, pessoas... até de coisas que nem sei bem se aconteceram fora do meu mundo sinto saudade!
Nos últimos dias, essa nostalgia, esse saudosismo, essa miscelânia de sensações têm me acompanhado cotidianamente. Daí, no meio de uma arrumação de textos e citações, encontro um belíssimo texto do Neruda que explícita tão lindamente essa faceta do ser humano e decido que PRE-CI-SO compartilhá-lo. Boa leitura! ;)

Saudade é solidão


Saudade é solidão acompanhada,

é quando um amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente
que nos machuca,
é não ver um futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe
o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram pra trás,
é o gosto de morte
na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo
deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudade,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca
ter sofrido.
                                                                          (Pablo Neruda)



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Esses homens que não se dão ao respeito...

Tudo bem que está calor, mas tem que se dar ao respeito, homens! Por isso que o mundo está como está. Não existe mais moral!

Estava andando na rua agora pouco e, imagina, passou um cara na rua com a camisa com quatro botões desabotoados. Quatro! Um decotão que dava para ver tudo! Vai dizer que é calor? Pra mim isso é outra coisa. Coisa de homem que não se dá o respeito. Vadio! Não sabe como é o mundo? 

Prendam os bodes que as cabritas estão soltas! Depois uma mulher chega, faz um gracinha, passa a mão, tenta alguma coisa... aí, vai reclamar! Mas tava provocando! Como sai de casa com um decote desses? Mostrando tudo! É para se aparecer! Se dar ao desfrute. Não me contive mesmo. Mexi. Meus instintos de fêmea, né, falam mais alto. É normal. "Gosssstoso! Fiu-fiu! ô lá em casa!" E se revidar, eu xingo, "mal comido". Mas, se der mole, eu vou pra cima. Tenho que provar que sou fêmea, pô. Reprodutora. Dou no couro. Não posso dispensar homem. A sociedade espera isso de mim. Fodona.

 Deu mole, eu traço mesmo. E se não der, traço tbm. Estupro? Não, não é estupro. Ele que se insinuou. Com aquele decotão de quatro botões, tava querendo, certeza. Até bebeu pra ficar facinho. "Nóis" não amarela não. Crime? Que crime? Isso é instintivo nas fêmeas! A gente olha mesmo, mexe mesmo, pega mesmo. Se não quer, fica em casa. Se vista com decência. Se dê o valor, cara. Homem meu não anda na rua assim! Se andar, mereceu, né? Não deixo usar short, camisa com botão aberto. Que isso? Pras mulheres ficarem de olho? A gente sabe como é o mundo. 

Quem tem que se dar o respeito é ele. As mina tem instinto, estão no direito delas. O que é meu, eu cuido. (Às vezes perco a cabeça, talz, bato, xingo, mas ele sabe que eu amo. Esse é meu jeito, poxa.) Sociedade matriarcal que objetifica os homens? Aff, que exagero. Isso é papo de hominista. A gente tá em pé de igualdade social. O que falta mesmo é esses homens aprender a se dar valor. Já viu como eles dançam? Ficam balançando seus órgãos, maior depravação. Aí depois aparece com filho e nem sabe quem é a mãe. Deu e a mina traçou, normal. Depois vira pai solteiro querendo dar golpe em mulher trouxa, pra criar óvulo de outra. 

Tivesse o cara se dado respeito, isso não teria acontecido.